Na natureza, os elefantes são muito mais do que gigantes gentis. Eles são guardiões de sabedoria. Caminham devagar, mas com firmeza. Cuidam uns dos outros, vivem em sociedades matriarcais, onde a liderança é feita pela fêmea mais velha — aquela que guarda a memória, a experiência e a direção. E nunca deixam ninguém para trás. Não se apressam, mas também não se paralisam.

África do Sul, 2025. Por: Fernanda Mendonça.
Eles nos lembram de algo essencial: a verdadeira força nasce do Amor e da união.
No Eneagrama, ferramenta de autoconhecimento que estudo e ensino há anos, falamos da mesma essência quando chegamos ao ponto 9. O 9 é a energia da paz, da união, do Amor incondicional que integra e acolhe.
Amar a nós mesmos com aceitação, presença e compaixão é o que nos permite depois incluir o outro. É por isso que, para mim e para muitos professores de Eneagrama, os elefantes sempre foram símbolos de pertencimento e cuidado coletivo.
E para quem, como eu, é tipo 6, acessar com consciência o ponto 9 é um caminho de crescimento profundo:
A mente inquieta e questionadora do 6 encontra chão tranquilo do 9;
A ansiedade cede lugar à confiança, o corpo se torna base;
A visão se amplia, menos desconfiança e mais receptividade;
A confiança na própria autoridade começa a florescer.
E esse movimento não serve apenas para quem conhece o Eneagrama ou se identifica como 6. Ele é um convite universal: desacelerar, ouvir o corpo, confiar mais, abrir espaço para a calma e cultivar o Amor que inclui.

“A África do Sul não cabe em uma narrativa só.” – Fê Mendonça
O convite vale para todos nós:
O que você ganharia ao desacelerar para ouvir mais a sabedoria do corpo?
O que mudaria na sua vida se você liderasse com mais presença e menos pressa?
Que relações se transformariam se você confiasse mais em si e no outro?
Como seria o seu dia se, em vez de lutar contra, você caminhasse junto?
O Eneagrama nos lembra: todo desenvolvimento humano é, no fundo, um caminho de Amor.
E os elefantes nos mostram, com sua presença imponente e suave, que liderar não é correr na frente, mas caminhar junto — até que todos façam parte.
Via instagram (@femendonca).